Hoje em dia todo mundo quer ser visto e lembrado. O mundo está cheio de aspirantes a nomes na calçada da fama, incrível. Num momento de #MarcoFelicianoVocêNãoMeRepresenta todo mundo busca o seu lugar ao sol. Inclusive eu. A profecia de Andy Warhol está se cumprindo "um dia, todos terão direito a 15 minutos de fama" Desde a garota que rebola de biquíni em um programa de auditório, passado pela pessoa que fala "Notrebuik" até quem canta Ah, lelek lek lek lek (8).
Estamos na era do EU, onde as tags se iniciam pelo pronome EU e o que importa é o Eu, #EuMeRepresento #EuSouFodão #EuSouRico #EuQueroSerMuitoFamoso #EuQueroSerVisto.
A fila do hoje eu vou brilhar tá cada vez maior e acaba não sobrando lugar pra que o próximo possa mostrar o que sabe porque quem está no pódio de mais lindo,tesão, bonito e gostosão num quer largar o osso por nada, ninguém quer ser normal. Ninguém sabe quando o narcisismo virou essa patologia o que sabemos é que não aguentamos não dar a NOSSA opinião e com a ajuda das redes sociais botamos a boca no mundo num sentido quase literal. Semana passada terminei de ler um livro de Ruth Rocha onde ela ilustra muito bem um fato comum desse momento da população mundial. Como diria Lady Kate: -Solta o flash back!
O advento da televisão, do cinema, da publicidade em grande escala causou um fenômeno engraçado; todo mundo quer ser visto. Uma apresentadora contou que recebeu uma carta, na qual uma telespectadora (palavrinha medonha) dizia:- Todos os dias eu me sento em frente a televisão e fico vendo a senhora. E a senhora? Me vê?Acho que é por isso que os meninos picham as paredes. É uma forma de serem vistos, de aparecerem de alguma maneira.(Fragmento de O mistério do caderninho preto -Ruth Rocha )
E a pergunta que fica é: Onde vamos Parar?